jardim japonês




JARDIM JAPONÊS
08.07


Ela sentia-se só
mesmo comigo ao lado
sentado
buscando-a nos olhos
não conseguia trazê-la de volta
ao mundo que compartilhamos.
Posei minha mão sobre a sua,
nossos dedos formaram uma grade
no banco
e nem isso a libertou.
Recolhi, então,
de lado, a minha pequenez.
Pensei em sair,
deixá-la...
Permaneci.
Queria ficar sozinho, também,
ali.
...
O mindinho dela buscou o meu
e ficamos,
enfim,
à sós.



*inspirado em Hai-Kai’s e no “imagismo” americano, que se utilizam de símbolos para expressarem sentimentos.

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11 comentários

  1. Muito bom esse texto , profundo ; me fez lembrar alguns acontecimentos passados :|

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  2. Magnífico, eis o que uma poesia deve ter, magia.

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  3. olá, well.

    adorei aqui. desculpa demorar taaaanto a retribuir a visita.
    minha relação de amor e ódio com a internet estava complicada...

    vontade de mc colosso AGORA, sabe?
    :)

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  4. Não acho a contemporaneidade um lixo não. Cada época tem seus aspectos positivos.

    Eu não vi Pelé, mas vi o Bill! Hehehe...

    De resto... Nada a acrescentar.


    Abraço!

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  5. Que bom que tenham gostado dos textos. Antes escrevia não me importando com quem fosse ler. Já hoje me importo, sim.

    Nossa Carol, deveria haver clínicas de recuperação para dependentes de Mac Colosso! srsr

    E Deco, também não sou radical a ponto de achar os nossos contemporâneos uns lixo, mas tem gente que acha que eu penso assim.

    Abraços!

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  6. Bom poema.
    Retrata com simplicidade e correção a beleza inocente do primeiro encontro, do primeiro amor. A vida também é feita de coisas simples assim.

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  7. Cara, adorei o seu texto. Sério, me enxerguei em alguns trechos.
    E concordo. É legal brincar de Deus.

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  8. Com 2 mil vc seria o Sr Wellington? 2 mil por mês, semana, dia? rs...
    Gostei do poema. E gosto de posts assim. Não acho a contemporaneidade um lixo, algumas coisas são recicláveis... rs
    Bjo chuchu!

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  9. as vezes parece que precisamos largar tudo para ter um tempo só para nós, só para por a cabeça no lugar, é tanta correria, tanta merda ao mesmo tempo, e vc olha pra traz e se sente assim, totalmente improdutivo, ou quase, ou totalmente consumindo besteira, ou totalmente melancólico demais, saudosista demais ( a ponto de assistir "Descolados" ).Mas se a inspiração não surgir do cotidiano, de onde mais ela poderá surgir ?

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  10. Olá rapaz.fazia um tempinho q não te "visitava",BELA poesia,Jardim Japones,me lembrou uma fase meio louca da minha vida de aborrecente.e Qd lançar o livro quero um convite p o coquetel...rsrs! afinal tbm sou um dos fã Blogueiros q tens. E o texinhos antes do J.J me faz pensar na relação deleicada entre os "intelectuais" e os "populares",o q eh de "culto" para um povo eh total "brega" p outro,assim,acho q td q se produz em uma sociedade deve ser considerado como cultura,pois fala do que aquelas pessoas vivem.Qd nos pessoas tidas como cultas colocamos rotulos e estamos sendo preconceituosos...

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  11. Cuidado, o saudosismo pode ser um sintoma da decadência.

    Seria tão bom se os textos que escrevo ficassem parecidos com os que imagino...

    Bom texto, gostei do blog.

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