Úteis e Inúteis e nada

Coisas mais ou menos úteis:

Conto escrito para a revista literária Samizdat:

Poema:



Coisas inúteis

“Vontaaaaade de escrever no blog”, pensei. Depois de alguns segundos de lapso, a pergunta: “Mas o quê?” Me trouxe novamente à realidade.

Esse vazio é o que toda pessoa que queira o ofício de escrever deseja: a liberdade para vagar pelas realidades sem contaminar essa percepção com problemas ‘particulares’ (que se opõe aos ‘gerais’ almejados). A objetividade científica usada para desvendar a subjetividade das personagens, um eu lírico decantado sistematicamente.

Mas têm também suas desvantagens, e uma delas é a de achar o ponto de partida para o texto. Muitas vezes, recorremos à metalinguagem, o que, em muitos casos, acaba irritando o leitor.

Bah, estou me tornando um imbecil, isso sim. Imbecil é aquele que não tem mais tesão em descobrir; está estático, em movimento uniforme rumo ao final conhecido por todos. Vai se tornando um livro, uma bateria de sentimentos (substantivos) que não ganham a ação do verbo. Imbecil porque os verbos que rompem a precariedade do sujeito e expelem movimentos são conjugados apenas em primeira pessoa - o você, o nós, somem da boca dos imbecis que somente enxergam a si.


Recapitulando o post anterior:

• Trocando Livro, o site: bons frutos, nesses tempos. Enviei dois do Marcel Proust (ainda sou muito jovem para ler ele, vou fazer como o Arnaldo Jabor: esperar ficar capenga das ideias para pegar os seis livros e mandar bala!) e um do Oswald Andrade (Poesia Reunida, que tinha dois exemplares idênticos). Então, tinha direito a três livros, certo? Escolhi um do Edgar Morin: 'O Espírito do tempo – Cultura de Massa no século XX'; um 'Diário de um Fescenino', do mestre Rubem Fonseca e um do Gárcia Márquez: 'Os enterros da Mãe Grande'. Mas, como este último veio ‘véio’ e feio e soltando páginas,  reclamei e me deram direito a escolher outro; eis que tinha um 'Cem Anos de Solidão' dando sopa! Daí, zás, está a caminho, já. Espero que tenha mais sorte dessa vez...

• Dos Jogos, continuo firme no xadrez. É interessante o poder de concentração que cada jogo exige... Domingo eu estava meio aéreo, cabisbaixo... enfim, tristinho; daí, não ganhei uma sequer. Já, hoje, recomposto, de três perdi uma: estou quase bom.

E só.

Vale comentar sobre os textos postados para a revista aqui, também.

Abraços e por aí vai...

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5 comentários

  1. Ás vezes eu fico com uma vontade imensa de atualizar meu blog, mas nunca sei o que escrever. Ou não tenho muito o que escrever. Acabo atualizando com besteiras, subjetividades e coisas pueris. Sorte minha não ter pretensão de ser escritora.
    Já tá bom em xadrez? Hum, cuidado... enxadristas costumam ser caras bem chatos (e espero que nenhum enxadrista entre aqui... rs).
    bjo!

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  2. Sinto-me assim tbm, diversas vezes... Nesse mar de imbecilidade. Compreendo completamente, e o vazio, quando consome minha cabeça, me deixa completamente maluca.
    O importante é sair dessa inércia de vida.
    Mesmo que seja jogando xadrez. Aliás, te admiro: sempre quis, mas nunca houve paciência para aprender. E nunca houve paciência de alguém ensinar...
    Parabéns pelo blog!

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  3. Isso me fez lembrar um trechinho do Pessoa:

    “A arte consiste em fazer os outros sentir o que nós sentimos, em os libertar deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertação. O que sinto, na verdadeira substância com que o sinto, é absolutamente incomunicável; e quanto mais profundamente o sinto, tanto mais incomunicável é.”

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  4. Infelizmente a inspiração nem sempre vem me visitar. Isso muito me chateia às vezes. Mas em um passeio bobo em uma volta, de repente ela vem. Nada de tristezas hein?

    Tem selos pra você lá no Introspectiva!

    Um grande beijo!

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  5. muito bom o texto. Eu sinto assim sempre ahauahauaha. Parabéns.

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